19.01.12

Feijão com arroz.


Quando cheguei aqui, como era raridade ter na mesa um feijãozinho. Então tive que me acostumar com a comida alemã, já que eu não era lá essas coisas com a culinária. Felicidade era ter alguma visita que trouxesse um quilo de feijão, uma  farinha, uma pimentinha, um café, etc.  Imaginem que eu fazia farofa de farinha de rosca para substituir aquela farofinha de cebola e bacon? Bem, o passado se foi e a internet só trouxe coisa boa neste sentido. Hoje, sento no meu computador e encomendo quase tudo que preciso para matar a saudade do Brasil, ou dar uma de metida e fazer algo para uma visita ilustre, porque aderi ao cardápio internacional. Encontrei ultimamente até os meus maravilhosos „biscoitos de vento“. Isso é fantástico! Ontem abri um requeijao( bem parecido, mas dinamarquês) para comer com goiabada, então resolvi ver na net, achei receita de requeijão e tem mais, receita para fazer carne seca!!! Vou tentar, é claro! Não precisarei mais comprar para fazer o meu raro feijão ou um escondidinho. Bem, a única coisa que não dá para aceitar é a carne de boi daqui. Acho que é consequência dos bichinhos ficarem somente em estábulos, nada de sol, nada de caminhadas, e ainda por cima, o açougueiro pendura a carne para tirar o sangue todo. Dizem que é para ela ficar mais macia. Eu quero morrer quando me dizem isso! O bom da carne é aquele caldo vermelhinho escorrendo, não é? Picanha...vivo sonhando com uma. Ah! Tem churrascaria na Alemanha! Mas lá longe! Düsseldorf, Köln, Berlin... na pobre Röttenbach só tem a Ana Lucia sobrevivendo mesmo.  

2 Kommentare:

  1. Ana, meus parcos talentos culinários não me permitem adentrar com vontade nessa seara. Mas, surpreendentemente, dei conta de umas berinjelas que ficaram famosas por aqui, entre os “Carvalho”, e adjacências, há tempos, por conta de D. Íris, mãe do Jacques.
    Fomos convidados, meu ‘gato’ e eu, para o réveillon na casa de amigos dele, em Botafogo. Preparei uma travessa que, de madrugada, horas depois do jantar, foi fartamente consumida com pão árabe pela galera, até restar apenas o azeite, já curtido no alho, cebola, e na própria ‘berinja’... (Sim, prima! Namorar depois de comer as tais, não rola...)
    Mas, nem a falta do sal (que esqueci de jogar na berinjela quando de molho na água...) foi capaz de segurar os famintos bebuns... rsrsrs
    bjão
    Rita.

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  2. Adoro esse seu espírito carioca de ser, sempre bem humorada. Seus textos refletem isso com maestria. Eu, também, sou adepto da simplicidade da nossa culinária, como falamos por aqui: do "feijão com arroz brasileiro". Admiro a sofisticação de certos pratos, mas quanto ao paladar, não vejo muita graça ao saborear alguns deles.Pra mim que não tive muitas oportunidades de experimentar a culinária de muitos países, nada se compara ao tempero brasileiro. Gosto de culinária, até me atrevo na cozinha, minha família adora quando coloco o avental. Não economizo nos temperos, concordo contigo: apesar de estar proibido de comer carne, pra mim ela tem que ser fresca, com sangue e gordura.Fazer churrasco, assar ou fritar carne congelada, na verdade ela fica cozida e sem paladar.
    Beijos!!!
    Lúcio..

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