Cogumelos

Essa postagem me alegra o coração, pois é algo que faço somente num período do ano. No outono, quando as folhas começam a amarelar e a cair, lá na floresta chegam os cogumelos. Aliás tem aqueles que aparecem também no verão,mas os que conheço somente em setembro ou outubro.
Eu pensava que os cogumelos eram somente aqueles em vidros no supermercado e que servia para colocar no stroganoff.
 A primeira vez que fui na floresta procurar alguns com o Wolf, fiquei como uma maluca somente gritando, com medo de todos os insetos e bichinhos que apareciam. Wolf se revelava achando os cogumelos pelo cheiro e estávamos na Áustria. A colheita foi boa e saborear foi melhor ainda. Desde este dia, comecei a ficar fascinada por procurar exemplares na floresta. Com o passar dos anos, reconheço com certeza 5 tipos de cogumelos comestíveis e não tóxicos. Os outros eu deixo lá para aqueles que sabem diferenciar bem melhor do que eu.
Conheço os „Steinpilz“ , que são os meus prediletos.

 O sabor é maravilhoso e sempre é uma imensa alegria achá-lo. O mais cobiçado também pelos que procuram, mas somente se pode colher para consumo próprio e não ultrapassar de 1 kg por pessoa. Pode se encontrar também nas feiras e supermercados por um preço escandaloso.

Os „Birkenpilz“ são também apreciados.

 Aparecem geralmente perto de algum „Birken“ ( a árvore Bétula), por isso seu nome estar relacionado com a árvore. É protegido e também só pode ser colhido em pequena quantidade.

O „Rotkappe“, parece o Chapéuzinho Vermelho.

 Daí o nome, porque tem a parte de cima vermelha. Soube hoje que está também protegido e não se pode colher.

O „Marone“, como já diz o nome marrom.

Este tem a copa marrom escura e um dos mais achados pelos catadores. Muito apreciado também.

O „ Pfifferling“, os amarelinhos deliciosos, mas ultimamente difíceis de achar.

 Muito consumido é possível comprar nas feiras e mercados, oriundos da Rússia, Bielo Rússia, Polônia, etc.

Fui na floresta com o Wolf e em 2 horas de caminhada achamos 6 kg ao todo.

 Passei a tarde limpando e no final fiquei com mais de 3 kg. Uma colheita e tanto! Principalmente que achei o meu predileto em grande quantidade, o Steinpilz,  coisa que jamais havia vivenciado por aqui. Parecia um sonho se realizando. Acho que a sensação é a mesma de um pescador quando consegue pegar um peixe, ou um caçador achando a bela presa.  E como podem ver a minha alegria, tive que documentar algumas coisas para vocês.

Abaixo  2 receitinhas, que para quem não pode procurar na floresta, pode comprar no supermercado mesmo os champignons frescos e substituir.
Cogumelos no creme de leite.
Alguns cogumelos, limpos e cortados
Cebola
Manteiga
Sal, pimenta
Creme de leite
Salsinha picada
Fritar a cebola na manteiga,

 adicionar os cogumelos,

 mexer, se necessário pingar um pouquinho de água, mexer mais uma vez, e quando cozidos, colocar um pouco de creme de leite.

Servir com arroz, purê de batatas, ou simplesmente um pãozinho.

Obs: Tem também uma postagem antiga aqui que eu dou a receita de Mehlklöße, que com cogumelos também é uma delícia.
Outra receita é ...
Cogumelos frescos, limpos e cortados
Manteiga
Cebola picada
Bacon picado
Sal, pimenta
Da mesma forma do cogumelo acima, só que colocar o bacon picado para fritar junto com a cebola. Se desejar, no final um toque de creme de leite, e salsinha picada.

Outra sugestão é depois de refogado na manteiga e cebola, adicionar um ou dois ovos mexidos por cima e a salsinha picada depois.

A Bananeira.

O Vendedor de Bananas
(Jorge Ben)
Olha a banana, olha o bananeiro
Olha a banana, olha o bananeiro
Eu trago bananas pra vender,
Bananas de todas qualidades, quem vai querer?...

No começo da primavera houve uma oferta no supermercado. Um pé de banana! Não resisti e comprei, já que estava escrito que era uma planta resistente ao inverno. E o Wolf se apaixonou logo pela planta. Com muito carinho plantou no jardim, perto das rosas.

Todos os dias rega e cuida com muito amor.

 E a bananeira foi crescendo, folhas grandes surgiram principalmente quando o sol estava firme.

Mas aí vem a questão: bananeira na Alemanha??? Sim, há pouco até saiu no jornal local que alguém teria plantado uma no jardim e que depois de 5 anos deu um cacho de bananas. Não é fantástico? Estamos tão globalizados, que até mesmo as plantas estão crescendo em outras bandas. Nossa bananeira é  Musa basjoo, que apesar do nome japonês, ela origina da China. Com sorte teremos bananas em 4 anos, caso a planta se sinta bem no local onde foi plantada e o inverno não castigue tanto.

Espero que realmente possa ainda um dia registrar isso aqui para vocês sem que o Wolf faça brincadeirinhas. No fundo ele está radiante com a planta e orgulhoso do cuidado que tem com ela.

Quem não pode ir para a Itália ver a torre de Pisa, então vai para Kitzingen.

Por ocasião da estadia dos homens da casa na região do rio Meno, meu sogro precisou ser medicado no hospital de Kitzingen. Já tinha idéia do lugar, porque é uma região de vinhedos também. Depois de uma visita nesta cidade, achei uma torre que eu não sabia da existência.

 A Falterturm, tem 52 metros e construída entre 1469 e 1496, para vigia do lado de fora do muro que cercava a cidade. O interessante é que o telhado da torre é torto, assim  fazem uma comparação com a famosa Torre de Pisa na Itália. Tinha que registrar isso para vocês. 

A cidade de Kitzingen é pequena , mas muito bonitinha. Tem um pouco mais de 20.000 habitantes,  fica na Francônia e bem perto de Würzburg ( já foi registrado aqui) e o rio Meno passa por ela.

Plantação de tomates, consequência.

Os tomatinhos do Wolf cresceram e estão ficando vermelhinhos. A colheita não foi a esperada, mas já deu para retirar alguns. O mais bonito apareceu do nada e não foi tratado como mandam as regras. Assim é a natureza. 

Tomates são muito importantes para a saúde. São ricos em licopeno e muitas vitaminas do grupo A e B. E todo mundo sabe que é bom nas saladas, nos molhos, enfim de qualque forma. Já provei até mesmo uma vez em Portugal uma geléia de tomate verde.

Na última quarta feira do mês de agosto há a festa dos tomates na Espanha, em Bruñol. Para mim um desperdício enorme, tendo em vista que no mundo há pessoas morrendo de fome e outros fazem brincadeirinhas de jogar esta fruta nos outros. Tomate é uma fruta e não legume como muitos pensavam, inclusive eu.

Plantação de tomates.

Alguém sabe como é bom poder colher na hortinha uns tomates vermelhinhos sem agrotóxicos? Pois bem, o Wolf descobriu isso como muita intensidade este ano. E não vejo a hora de poder saborear os mesmos  numa saladinha.

Ano passado compramos os melhores que haviam, mas a chuvinha deu e eles cresceram...mas de repente todos com aquela mancha marrom. A colheita foi zero!

Este ano, não compramos  os melhores brotos, mas estão sendo tratados com o maior carinho possível. 

Todos envolvidos numa folha de plástico para se proteger do vento e da chuva, porque tomates somente podem ser regados onde saem as raízes.

Então o Wolf foi mais além e confeccionou uma tenda para proteção aos tomates. Há prontas para comprar, mas ele fez questão de fazer e eu ajudei na montagem da capa de plástico.

Voltarei a postar quando os tomates estiverem prontos para comer, mas a expectativa é de uma colheita maravilhosa este ano. Se for como os meus moranguinhos que em um metro quadrado pude retirar mais de 1 quilo e meio...então vamos ter festa de tomates, não acham?

Aspargos.

Os meses que mais adoro na Alemanha são maio e junho. A primavera floresce nos jardins e é possível saborear os morangos frescos e os aspargos. Na nossa região, os aspargos são comida típica. Há até mesmo festa de aspargos onde se pode degustar de várias formas.

A minha família prefere como salada, mas eu gosto mesmo dele cozido na água e sal e com uma manteiga derretida ou molho holandês, acompanhando um bom presunto defumado.

Estivemos em Prichsenstadt, que tem  plantação de aspargos de muito boa qualidade e por pouco perdemos uma festa do vinho, que houve no final de semana. 

Limpar, ou seja, descascar agora os 6 quilos é que é trabalho, mas saber que depois irei comer...vale a pena tudo isso. 

Würzburg

Würzburg, a quinta maior cidade da Baviera em população com mais de 133.000 habitantes e pertence também a Francônia. As primeiras ocupações são de 1000 a.C., comprovadas na Fortaleza  Marienberg. 

Esta cidade fica dos 2 lados do rio Meno. De um lado a Fortaleza  Marienberg e Käppele (nome popular para Santuário) e do outro lado a cidade antiga.

Nas últimas semanas da segunda grande guerra, exatamente no dia 16.03.1945, a cidade foi quase que totalemnte bombardiada (90%) e assim foram destruídos muitos prédios históricos, inclusive o Residenz, um palácio barroco. Mas foi tudo reconstruído e o Residenz tornou-se Herança Mundial da Unesco em 1981 e possui um belo jardim. 

Würzburg é bem católica, onde fica também a sede do bispado e onde há muitas igrejas. A catedral está renovando no momento. 

Ao redor da cidade há muitos vinhedos, onde produzem os bons vinhos franconeses. 

Há uma ponte muito antiga sobre o Rio Meno, onde se pode deliciar um vinho, até mesmo em pé na rua. 

Bem, eu estive em Würzburg há uns 20 anos atrás, com minha mãe, tia Lina e a Luciana bem pequena. Este mês visitei esta cidade com amigas alemães, que também conheço há mais de 20 anos. 

A próxima visita brasileira poderá desfrutar um passeio comigo nesta bela cidade.