29.02.12

Maria Gasolina.


Como está caro a gasolina e o diesel por aqui. Semana passada o recorde foi atingido. Muita gente reclamando, mas nada feito. Então fiquei pensando no passado, quando ia aos sábados com meu fusquinha para fazer a „geral“. O meu super carro na cor bege saia de lá bilhando tanto que parecia que tinha levado banho de óleo. E como é posto de gasolina na Alemanha? Não se encontra de jeito nenhum mocinhas lindas vestidas com shortinhos minúsculos colocando a gasosa para você. Quer colocar combustível? Então é preciso sair do carro, abrir o compartimento, pegar a mangueira e abastecer sozinho. Como se faz isso? Aprenda! Aperte  a mangueira que sai o líquido precioso! Com o tanque cheio ou meio vazio ( de acordo com as finanças) ainda precisa ir lá na loja para pagar. Não tem ninguém ali para te cobrar. Se quiser pode ir embora sem pagar, mas as câmeras estão registrando tudo e a polícia te achará com certeza. Quer verificar o óleo, lavar o para brisas, encher o pneu? Pois tem que fazer tudo isso você mesma, porque tem um baldinho com água e o aparelho de ar para quem quiser usar.  Isso é uma das coisas que estamos acostumados a fazer sem reclamar, porque se colocassem alguém para fazer o serviço para você a gasolina  estaria com certeza mais cara ainda.

25.02.12

Aniversário da Luciana.


Minha bebezinha completou 22 aninhos no dia 23.2.  Olhem só a tortinha linda que fiz para ela!

Como o tempo passa. 

Ao contrário de muitas famílias, na nossa ainda temos a filhotinha em casa. Os pequenos adultos alemães assim que saem da escola, por volta dos 18 anos,  e conseguem acumular estudo e trabalho, saem de casa e vão à luta. Moram em apartamentos coletivos e pagam suas contas trabalhando de garçonetes, dando aulas particulares  ou até mesmo de caixa em supermerados. Isso é bem comum. E pensar que mesmo trabalhando como professora em duas escolas antigamente eu vivia com minha mãe, porque não tinha como bancar nada sozinha. Por que será que os jovens daqui conseguem isso com mais naturalidade? Cortam logo o cordão umbilical que os une com os pais e se tornam independentes, mesmo que com uma pequena ajuda dos pais. 

17.02.12

Erlangen, cidade de 1000 anos.


Erlangen
Somente 15 km de distância de Röttenbach está Erlangen, que está na região da Francônia Central e também no estado da  Baviera.  Wolf  e Luciana nasceram nesta cidade que foi  fundada no ano 1002. Atualmente com mais de 105.000 habitantes, lá se concentram a Universidade  Friedrich- Alexander Erlangen- Nürnberg e a empresa Siemens.
É lá que faço as grandes compras e onde estão a maioria dos médicos especialistas que precisamos. Há um shopping, os „Arcaden“ e uma loja de departamentos „Kaufhof“ e uma infinidade de restaurantes e alguns cinemas. Fiz algumas fotos na semana passada depois de visitar um casal de amigos que moram no sétimo andar de um prédio bem no centro. Há poucos edifícios altos por lá e muitos brasileiros moram ou já moraram nesta cidade, por conta dos convênios entre Siemens e outras empresas do setor de energia nuclear com o Brasil.  Há também um lindo parque e um jardim botânico.
Bem...abaixo coloco algumas fotos do alto do edifício do Hans que fica perto do Ginásio Ohm. 
                                                    





14.02.12

Carnaval


Para tudo se acabar  na quarta-feira...
Nem chegou o carnaval e todos já estão sambando por aí. Até mesmo na Alemanha o carnaval é bem lembrado. Já começa no dia 11.11 às 11:11h em Köln (Colônia). É um pouco diferente dos nossos bailes, onde dançar é a principal coisa. Aqui, nas festas de salão, as pessoas estão fantasiadas, porém sentadinhas assistindo as dançarinas (Tanzmariechen, procurem no Youtube que é interessante!) ou os humoristas fazendo piadas com os acontecimentos atuais e sobre os políticos, e se levantam sem sair do lugar somente numa música mais animada. Há desfiles nas cidades de Köln, Düsseldorf, Mainz e outras menos famosas, onde as crianças adoram, porque jogam balas e guloseimas dos carros alegóricos. Antigamente, por  viverem em Erlangen muitos brasileiros, havia o baile do Círculo Brasil-Alemanha. Um grupo fundado por um amigo nosso que tentava manter as tradições mesmo sem estar na terrinha. Participei de alguns, mas o interesse foi acabando, acho que também o lado alemão, que não ve mais as brasileiras mexendo o bumbum com tanta originalidade. Ficou tudo muito banal e não chama mais tanto a atenção e consequentemente o baile brasileiro já não é tão concorrido e ficou limitado acontecendo num barzinho ao invés de um grande salão. Em Erlangen tem também uma „Escola de Samba“, que antigamente tinha alguns brasileiros ou alemães que viveram por um tempo no Rio ou São Paulo, mas hoje somente alemães ficaram tentando fazer um batuque( vejam http://www.youtube.com/watch?v=DUANShu8Z8w&feature=related ).   
Na culinária desta época tem os „Krapfen“, uma espécie daqueles sonhos de padaria, recheados de uma geléia de“ Hagebuttenmark“ (feita de sementes dos frutos da rosa).
  Este ano vou sambar no meu sofá, vestida de picolé, porque o frio está de lascar. Imaginem aqueles que precisam sair desfilando nas cidades onde o carnaval é mais comemorado. Somente com muita cachaça para aguentar.
HELAUUUUUU!!!!!!  ALAAF!!!!!!(saudação nos bailes). 
 
Há muitos anos atrás...uma fantasia criada pela minha saudosa Mãe Olímpia, caracterizada de Tirolesa. E eu nem sabia onde ficava o Tirol e nem imaginaria de um dia estar tão perto desta região.

04.02.12

26 anos.



No dia 1.2.1986 estava fazendo um calor de derreter. A carioca tinha que estar linda para receber o alemão. Muita gente presenciou a cerimônia no centro da cidade maravilhosa. O tempo passou...precisamente 26 anos e eles continuam juntos. E isso é que vale!
Ana Lucia e Wolf-Dieter

03.02.12

Supermercado friorento.


O que fazer num lindo dia de sol e céu azul, mas com uma temperatura de –10° lá fora?  Além disso um ventinho que proporciona a impressão que está muito mais frio e ter que ir para o supermercado? Fazer compras, não é problema nenhum, mas colocar as coisas no carro...aí é difícil. Já se arrumar para ir na rua precisa uma dose de estímulo em dobro, porque tem que colocar meia calça grossa, meia de lã, calça, soutien, camiseta, pulover, casaco, cachecol, luvas, boina, bota acochoada e mais alguma coisa. Sentar no carro é duro, porque o aquecimento dele demora uma eternidade para que se perceba um quentinho, mas o da cadeira é o mais rápido e o bumbum agradece. Segurar o volante sem luva de couro nem pensar! Bem, chegando lá no destino o jeito é sair do carro e enfrentar o gelo. Aí vem na mente aqueles dias lindos, que eu entrava ás 12 h no meu fusquinha, estacionado embaixo daquele sol carioca maravilhoso, e sem ar condicionado...sinto o frio desaparecer. Correr para dentro do supermercado, porque lá está tudo quentinho. Coloca-se tudo que precisa no carrinho, retira e poe tudo na esteira, retira tudo de volta para o carrinho, paga-se a conta daquela tripinha de papael imensa, e corre para o carro. Tira tudo novamente e coloca no porta malas, entra naquele carro gelado, vai para casa e tem que tirar todas aquelas bolsas. Mas enfim, voltei ao meu  lar, aquecido, aconchegante. Conclusão: vida de dona de casa alemã é dura demaissssssssssssssssssss. Não acham?????

Eu achei de tirar a luva para colocar as coisas dentro do carro, então com uma dor imensa nos dedos tive que voltar para casa dirigindo.  O termômetro batia os –11° em Röttenbach. À noite a temperatura caiu ainda mais. O jeito foi  tomar um vinhozinho e ver um pouco de tv.